Baden Powell sempre esteve na vida de Elis Regina. Ele frequentava o programa “O fino da Bossa”, que era apresentado por ela, e dizem que compôs “O canto de Ossanha” para a cantora, poucos minutos antes do programa ir ao ar. Juntos, também fizeram um show de afro-sambas.
Foi ele também que apresentou Elis a outro compositor muito presente em sua obra, Paulo César Pinheiro. É deles a música “Vou deitar e rolar”, de 1970.
Baden foi um dos primeiros a reconhecer o talento do jovem letrista, quando ele tinha apenas 16 anos.
Juntos, fizeram a música: “Lapinha” que, em 1968, venceu a I Primeira Bienal do Samba na voz de Elis Regina. Ela voltou a gravá-los com “Vou deitar e rolar”, uma música escrita especialmente para ela – justamente, em uma de suas separações de Ronaldo Bôscoli.
A música foi gravada para um compacto e depois entrou no disco “Em Pleno Verão”, de 1970. A intepretação de Elis fez um enorme sucesso no rádio e na TV. No livro “A história de minhas canções”, Paulo Cesar diz que “jamais negou um pedido da Elis”, que lhe telefonava pedindo encomendas musicais. Da dupla, gravou músicas como “Falei e Disse”, “Cai dentro” , “Samba do Perdão” , “Aviso aos Navegantes”.
Vou deitar e rolar
(Baden Powell – Paulo César Pinheiro)
Não venha querer se consolar
Que agora não dá mais pé
Nem nunca mais vai dar
Também, quem mandou se levantar?
Quem levantou pra sair
Perde o lugar
E agora, cadê teu novo amor?
Cadê, que ele nunca funcionou?
Cadê, que ele nada resolveu?
Quaquaraquaquá, quem riu?
Quaquaraquaquá, fui eu
Quaquaraquaquá, quem riu?
Quaquaraquaquá, fui eu
Ainda sou mais eu
Você já entrou na de voltar
Agora fica na tua
Que é melhor ficar
Porque vai ser fogo me aturar
Quem cai na chuva
Só tem que se molhar
E agora cadê, cadê você?
Cadê que eu não vejo mais, cadê?
Pois é, quem te viu e quem te vê
Quaquaraquaquá, quem riu?
Quaquaraquaquá, fui eu
Quaquaraquaquá, quem riu?
Quaquaraquaquá, fui eu
Todo mundo se admira da mancada que a Terezinha deu
Que deu no pira
E ficou sem nada ter de seu
Ela não quis levar fé
Na virada da maré
Breque
Mas que malandro sou eu
Pra ficar dando colher de chá
Se eu não tiver colher?
Vou deitar e rolar
Você já entrou na de voltar
Agora fica na tua
Que é melhor ficar
Porque vai ser fogo me aturar
Quem cai na chuva
Só tem que se molhar
E agora cadê, cadê você?
Cadê que eu não vejo mais, cadê?
Pois é, quem te viu e quem te vê
Quaquaraquaquá, quem riu?
Quaquaraquaquá, fui eu
Quaquaraquaquá, quem riu?
Quaquaraquaquá, fui eu
O vento que venta aqui
É o mesmo que venta lá
E volta pro mandingueiro
A mandinga de quem mandingar
Quaquaraquaquá, quem riu?
Quaquaraquaquá, fui eu
Quaquaraquaquá, quem riu?
Quaquaraquaquá, fui eu
Eu era adolescente quando a pimentinha gravou esta musica, que eu adorava ouvir na voz/ interpretaçao dela…. nao poderia deixar de dizer que tambem adorei ouvir esta musica na voz/interpretaçao da Maria Rita… que felicidade poder trazer um pouco do passado musical para o presente e reviver tanta emoçao… Obrigada Maria Rita, Deus te cubra de bençaos..
Elis.Elis,¨continuas deitando e rolando,pois o cenário musical brasileiro nunca mais foi o mesmo depois da sua passagem…continuamos te amando!Tu nos deixaste o teu canto.Saudades sem fim. Maria Rita,obrigada por tão mericida homenagem!
Sempre quis ouvir Maria Rita cantando essa música. A história e o tom debochado de “Conta outra” sempre me remetia a “Vou deitar e rolar”. Seir alindo ouvi-las juntas também.